quinta-feira, 9 de março de 2017

Cinco poemas de 'Elogio do silêncio'




manhã de neblina
agora é branco
o verde da colina

(Bernardo Souto)

***

velho xadrez
o sopro do vento
derruba os reis

(Bernardo Souto)


***

raia a madrugada
um mar de nuvens
sorve a passarada

(Bernardo Souto)

***

a semente, vê:
tão pequenina
e virou ipê

(Bernardo Souto)

***

sol, não vá embora!
abraçada ao ramo
a cigarra chora

(Bernardo Souto)

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SOUTO, Bernardo. Elogio do silêncio. Recife: Ed. do Autor, 2010. p. 27, 30, 39, 46 e 47.

P.S.: Alguns poemas estão ligeiramente modificados.

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